Alguns endereços interessantes:
http://www.fair.org (grupo que luta por uma divulgação mais justa das informações)
http://www.inter-nation.org (uma organização de discussão e crítica política)
http://www.indymedia.org (centro mundial de midia independente, conectado com centros no mundo inteiro)
Uma pequena noticia (brazil.indymedia.org):
A imprensa corporativa, o Ministério Público, a OAB e orgãos de defesa dos Direitos Humanos denunciaram essa semana o GRADI (Grupo de Repressão e Análise dos Delitos de Intolerância) por atuação ilegal e por se desviar de suas funções originais. Entre as denúncias estão o recrutamento de presos condenados como informantes (pela legislação apenas oficiais poderiam exercer essa função), a realização de emboscadas para prender e executar suspeitos, além da prática de tortura. A ação mais notória que coordenaram terminou com a morte de 12 suspeitos, numa ação que interceptou um ônibus que saía de Sorocaba.
Denúncia encaminhada pelo vice-prefeito de São Paulo, Hélio Bicudo, mostrou fortes indícios de que as mortes foram resultados de execuções. As operações realizadas pelo gradi este ano resultaram em 22 pessoas mortas mas apenas 7 presos.
Ativistas da Grande São Paulo também acusam o GRADI de monitoramento e tentativa de cooptar informantes junto aos movimentos sociais. O GRADI foi acusado por ativistas do movimento anti-globalização de abordagens violentas e ilegais, monitoramento dos sites, listas de discussão e reuniões e de fotografar militantes sociais para compôr um "álbum dos crimes de intolerância". Em maio de 2000, agentes do GRADI tentaram cooptar ativistas do movimento anarquista como informantes. Em 26 de Setembro de 2000, os mesmos agentes estiveram monitorandomanifestação contra o FMI e o Banco Mundial. Em 20 de Abril de 2001, agentes do GRADI fotografaram ativistas que haviam sido presos durante um protesto contra a ALCA. Em novembro do mesmo ano, dois agentes do GRADI estiveram num show para arrecadar fundos para o movimento sem-teto e fotografaram individualmente pessoas do público. Quando interpelados pelos organizadores, sacaram uma pistola e dispararam duas vezes.
O GRADI foi criado em 13 de março de 2000 pelo então Secretário de Segurança Pública de São Paulo, Marco Vinício Petreluzzi, como um órgão de inteligência dedicado exclusivamente ao recolhimento de informações sobre "crimes de intolerância" - crimes de discriminação e preconceito. Um de seus 4 coordenadores é o tenente-coronel Silvio Roberto Villar Dias, que em 1991 participou do "Massacre do Carandiru" quando ainda era capitão do Batalhão de Choque da Polícia Militar.